Imagem: Nicholas Ahonen/Canva
O conceito ESG vem sendo aplicado ao universo dos negócios já há alguns anos. Mas, só agora – principalmente com a pandemia causada pela COVID-19 – é que esse assunto começou a ser discutido com força nas salas de reuniões pelas empresas mundo afora.
Apontado como uma das principais tendências para esta década, o ESG é uma sigla para as palavras em inglês “Environmental”, “Social” e “Governance”. Ou seja, Ambiental, Social and Governança.
Assim, esses três termos fazem referência a aspectos que medem o nível de sustentabilidade e os impactos sociais de uma empresa no mundo.
Atualmente, qualquer negócio que esteja buscando competitividade and destaque em seu mercado precisa estar atento a esse conceito que cada vez mais rege as organizações.
E não é para menos: de acordo com um estudo da Bloomberg, empresas alinhadas a práticas de ESG devem atrair 53 trilhões de dólares em investimentos até o ano de 2025.
Mas, afinal, o que significa ser um negócio com boas práticas em ESG?
Nesta postagem da Raks você irá descobrir tudo sobre o que é ESG, os aspectos aos quais ele está ligado e como as empresas se posicionam – e agem.
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O planeta Terra no limite
Você sabia que estamos operando no vermelho? Mas calma: não estamos falando de finanças ou de contas bancárias – estamos falando do Dia de Sobrecarga da Terra, que em 2021 chegou mais cedo se comparado a 2020 (julho e agosto, respectivamente).
Esse dia é calculado anualmente pela Global Footprint Network e representa o ponto em que o ser humano começa a retirar recursos do planeta além da capacidade de regeneração.
Ou seja: é como se a Terra entrasse em uma espécie de “cheque especial”, precisando recorrer a “reserva” planetária, que seria destinada à população futura, para ser capaz de suprir a demanda atual.
Nesse sentido, usar o futuro para pagar pelo presente não é, nem de longe, um cenário novo em nossa realidade.
Segundo o sexto relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a última década foi mais quente do que qualquer outro período dos últimos 125 mil anos. Da mesma forma, o nível do mar está aumentando mais rápido do que em qualquer outro século dos últimos 3 mil anos.
Ainda de acordo com o relatório, nenhuma região do planeta permanecerá intocada pelos impactos dessas mudanças, resultando em grandes custos humanos e econômicos.
Sustentabilidade social: pensando no coletivo
Esse cenário de esgotamento de recursos and mudanças climáticas causa preocupação e acende um alerta vermelho sobre as condições de vida das gerações futuras em nosso planeta.
Assim, conscientização é a chave – e ela precisa estar inteiramente ligada ao âmbito social, já que é justamente da sociedade que devem partir as iniciativas para um futuro melhor.
Nesse sentido, desenvolver iniciativas de sustentabilidade não é apenas um dever do poder público – as empresas podem e devem estar atentas a essas questões, já que também estão inseridas em comunidades.
Contudo, a garantia de um futuro melhor não está apenas em ações que visem preservar o meio ambiente. É preciso pensar, também, em uma sociedade mais sustentável e humana.
Para Ignacy Sachs, um dos principais estudiosos da sustentabilidade social, reduzir a desigualdade e criar uma sociedade com melhor distribuição de renda também é fundamental para a preservação do futuro.
Em suma, a sustentabilidade social implica em gerar renda sem perder o foco na redução das desigualdades, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos seres humanos como um todo.
Uma das iniciativas que promove a sustentabilidade a nível planetário é a Agenda 2030. Estabelecida pela ONU, é um plano de ações que busca fortalecer a paz universal.
Assim, o plano indica 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para erradicar a pobreza e promover vida digna para todos, dentro dos limites do planeta.
O que é ESG: conceitos e aplicações
O ESG pode ser considerado uma avaliação da consciência coletiva de uma empresa em relação a fatores sociais and ambientais.
Assim, é uma forma de pontuação corporativa de crédito social que considera como a empresa se posiciona no mundo e o que ela faz, de fato, para garantir um futuro mais sustentável.
Acima de tudo, os negócios que adotam boas práticas de ESG atraem mais investimentos, correm menos riscos de enfrentarem problemas jurídicos ou sofrerem ações por danos ao meio ambiente.
Em menos de 20 anos, o movimento ESG deixou de ser apenas uma iniciativa de responsabilidade social corporativa lançada pela Organização das Nações Unidas (ONU). Ele se tornou um fenômeno global que representa mais de 30 trilhões de dólares em ativos sob gestão.
Vejamos, agora, os pilares que caracterizam o ESG e algumas das boas práticas relacionadas a eles:
Nível Ambiental (Environmental)
Com as ameaças das mudanças climáticas e do esgotamento dos recursos, muitos investidores optam por incluir questões de sustentabilidade em suas escolhas de investimentos.
Dessa forma, a amplitude de possíveis preocupações é vasta: emissão de gases de efeito estufa, biodiversidade, gestão de resíduos, gestão de água, etc.
Entretanto, dentre as principais questões focadas, estão as mudanças climáticas e a sustentabilidade.
Exemplos de ações
- Adoção de alternativas sustentáveis para diminuir os impactos da produção no meio ambiente;
- Estabelecimento de metas para reduzir a emissão de gases poluentes;
- Engajamento e ação com projetos que visem a preservação ambiental;
- Gerenciamento correto do descarte de lixo e resíduos.
Nível Social (Social)
Esse pilar possui uma palavra-chave central: pessoas. O nível social diz respeito ao compromisso por parte das empresas de cuidar não só de seus públicos de interesse, mas também dos colaboradores e da comunidade.
Isso significa estar comprometida com questões como a promoção da diversidade, direitos humanos, saúde mental and proteção ao consumidor, por exemplo.
Assim, a preocupação com a responsabilidade social ganha força, tanto para os consumidores quanto para os investidores.
Exemplos de ações
- Iniciativas para promover saúde e segurança no ambiente de trabalho;
- Projetos para fomentar inclusão e diversidade na empresa;
- Constante preocupação com a experiência do consumidor em todos os níveis;
- Vigilância e cumprimento dos direitos trabalhistas.
Nível de Governança (Governance)
A governança corporativa diz respeito à consciência e investigação sobre os direitos e responsabilidades da gestão de uma empresa. Isso inclui seu conselho, acionistas e as inúmeras partes interessadas.
Dessa forma, a medição está focada na ética nos negócios, nas práticas anticorrupção, nos impostos e no fornecimento de transparência contábil para os interessados.
Em outras palavras, a governança é um recurso que faz com que os valores de uma empresa se convertam em ações que estabeleçam um impacto positivo na gestão.
Exemplos de ações
- Iniciativas para combater a corrupção e a lavagem de dinheiro;
- Uma boa política de remuneração para diretores e colaboradores;
- Comportamento institucional que valorize a transparência, a ética e a responsabilidade nos negócios;
- Criação de um conselho de administração inclusivo e diverso.
O caso da SAP Brasil
Imagem: SAP Brasil
A SAP, empresa de softwares para gestão de empresas vizinha da Raks, tem ampliado seu olhar para, não apenas estar alinhada a boas práticas de ESG, mas também ajudar seus clientes a adotarem o conceito.
Dessa forma, o objetivo é auxiliar empresas brasileiras na busca de dados analíticos para seus desafios ESG a partir da base instalada de soluções. Assim, é possível incorporar e medir indicadores de sustentabilidade em diferentes etapas operacionais.
Segundo Marcele Andrade, Head of Innovation Center of Excellence da SAP, o ESG é uma cultura que já está enraizada dentro da estratégia da empresa há bastante tempo. “Cerca de 77% das transações do mundo passam por algum sistema SAP. Como podemos entregar o melhor juntos? O futuro é de parcerias”, destaca ela.
Definitivamente, a tecnologia tem um papel habilitador para iniciativas ESG. Ainda de acordo com Marcele, o agronegócio é uma área promissora nesse quesito.
Compartilhar como se dá a cadeia de valor sustentável dos negócios do agro é uma tendência mundial – e a tecnologia contribui muito na rastreabilidade desses processos.
A Raks e o ESG
A Raks já nasceu com o desejo de transformar.
E ele se manifestou através de um projeto pensado por pessoas que acreditam que a tecnologia e o conhecimento devem ser aplicados para criar soluções que causem impacto na sociedade.
Nosso comportamento institucional, desde o início da empresa, valoriza a transparência, a ética e a responsabilidade nos negócios. Além disso, temos um conselho consultivo composto por 66% de mulheres.
Assim, norteados pelos pilares de sustentabilidade, inovação and eficiência, desenvolvemos o sistema Raks de monitoramento da umidade do solo, buscando minimizar problemas encontrados pelo profissional do campo.
O nosso objetivo é melhorar a produtividade no setor agrícola e reduzir o desperdício de recursos, trabalhando hoje para mudar o amanhã.
Nesse sentido, ajudamos agricultores a produzirem mais alimentos com menos recursos hídricos e energéticos, contribuindo de forma sustentável para a alimentação do mundo, que vem do campo.
Assim, nossa preocupação com a experiência do profissional do campo está em todos os níveis. Visamos colocar o cliente sempre no centro do processo: e isso já começa com a instalação do sistema, que é feita por ele, tornando-o protagonista do início ao fim!
Clique aqui e saiba mais sobre o sistema Raks de monitoramento da umidade do solo.
1 thought on “O que é ESG e por que essa sigla é tão importante para as empresas?”
É gratificante saber que o uso dessa ferramenta, além de diminuir custos ainda faz parte de um conceito tão importante para o planeta.