Diversos fatores influenciam na decisão de irrigar ou não uma cultura: quantidade de distribuição da chuva, desejo de maior produtividade, garantia da safra, dentre outros. Um estudo realizado pela consultoria StoneX estima que o Brasil deve produzir cerca de 65 milhões de sacas de 60 kg de café na safra 2023/2024.
Neste sentido, para obter um melhor resultado no cultivo do grão, o Mestre em Agronomia/Fitotecnia e doutorando em Agronomia/Fitotecnia pela Universidade Federal de Lavras (MG), Bruno Manoel Rezende de Melo, explica que a irrigação é o segredo por trás de uma plantação de café produtiva. “Sabemos que, com as mudanças climáticas, o uso de água de forma eficiente deve ser adotado por todos os produtores. Com base nas informações fornecidas pelo sensor da Raks, conseguimos verificar o momento adequado para fazer irrigação e o quanto de água utilizar”.
Mas afinal, por que investir em irrigação de café? Qual o método mais adequado para a lavoura? Confira essas e outras dicas a seguir!
Por que investir em irrigação no café?
A cafeicultura brasileira possui 12% de sua área irrigada. Apesar de ser uma menor parte da área total de produção, é responsável por cerca de 30% da produção nacional de café. Isso ocorre devido ao aumento de produção e qualidade do café produzido em cafezais irrigados.
Conhecer os benefícios da irrigação é a melhor forma de entender por que é importante fornecer a quantidade de água ideal para o crescimento e desenvolvimento do cafeeiro. Veja algumas vantagens:
– Ganho de produtividade e qualidade
Um exemplo de como a irrigação aumenta significativamente a produtividade da lavoura, especialmente em períodos de estiagem, é o estudo realizado pela Fundação Procafé na região da Alta Mogiana, no estado de São Paulo. Num ensaio com casos reais de diferentes cafeeiros, com e sem irrigação, no período de 5 safras, foi observado que, na média de todos os materiais nas cinco colheitas, o aumento de produtividade pela irrigação foi de 20 sacos por hectare, correspondente a um acréscimo de 60%. Além disso, a irrigação melhora a qualidade do café, através da redução do número de grãos chocos.
– Melhorias na uniformidade dos cafezais
No início dos períodos da chuva, podem ocorrer alternância entre chuvas de baixa intensidade e períodos de estiagem, o que pode ocasionar desuniformidade na florada do café. Dessa forma, a irrigação entra como uma aliada para melhoria da uniformidade. Além disso, com a irrigação, há redução do efeito da bienalidade do cafeeiro.
– Fertirrigação
A irrigação por gotejo ou microaspersão permite que seja realizada a fertirrigação. O uso do método reduz a mão de obra operacional para a realização da adubação e melhora a eficiência do uso de fertilizantes, pois a adubação ocorre de forma localizada.
Manejo da Irrigação do cafeeiro
Mas, para obter bons resultados, não basta apenas irrigar: é preciso manejar o sistema com eficiência e qualidade – sendo esse um dos maiores desafios do produtor atualmente.
Outro bom exemplo é o estudo realizado pela Fundação Procafé que analisou a safra 2015/16 na região Norte-Noroeste de Minas Gerais, que apresentaram frutos de tamanho pequeno e grãos de peneiras baixas. Isso aconteceu apesar das lavouras possuírem sistemas de irrigação. Mesmo assim, os cafés colhidos e beneficiados apresentaram redução de 22% nos grãos de peneiras acima de 16, quando o normal seria de pelo menos o dobro disso.
Por isso, não basta apenas possuir um sistema de irrigação na lavoura. Mas sim, realizar um bom manejo. Para a realização de um manejo eficiente é essencial que se realize o monitoramento constante do cafezal.
Métodos de monitoramento
• Monitoramento da planta
O monitoramento da planta pode ocorrer através de medições da resistência estomática, medições da temperatura foliar e medições do potencial hídrico. Essas metodologias possuem uma série de dificuldades operacionais que inviabilizam seu uso no dia a dia do produtor, sendo mais utilizadas em trabalhos científicos.
• Monitoramento climático
A metodologia de monitoramento climático utiliza as variáveis meteorológicas para estimar a evapotranspiração do cafezal. Somado a esses dados, variáveis sobre a cultura, solo e irrigação são essenciais para a execução do balanço hídrico. A partir dele, é possível estimar o quanto de água é necessária para irrigar. Por ser uma estimativa que necessita de uma série de dados que precisam ser constantemente atualizados, podendo acumular erros ao longo do cálculo e do tempo. Um exemplo disso é o coeficiente da cultura, que depende da densidade de plantas, da idade da planta, entre outros.
Além disso, para se obter dados mais assertivos é necessário que a estação meteorológica esteja próxima ao cultivo, normalmente acarretando na compra da estação pelo produtor para instalação nas proximidades da lavoura.
• Monitoramento do solo
O nível de água no solo é um dos principais parâmetros para saber quando e quanto irrigar. Ela pode ser mensurada através de métodos diretos ou indiretos que variam em função de preço, tempo de leitura e precisão das mensurações. Dentre as diferentes tecnologias capazes de monitorar a umidade do solo, destacamos o tensiômetro e os sensores FDR e TDR:
– Tensiômetro
É uma ferramenta usada para medir a tensão com que a água é retida pelas partículas do solo, também conhecido como potencial matricial. É um dispositivo composto por uma cápsula porosa, que permite a entrada e saída de água de acordo com a tensão no solo.
– Sensores FDR e TDR
Os sensores de reflectometria são os métodos mais apropriados para quem busca praticidade e precisão na tomada de decisão sobre quando e quanto irrigar. FDR (Reflectometria no Domínio da Frequência) e TDR (Reflectometria no Domínio do Tempo) são tecnologias que fornecem leituras precisas, rápidas e em diferentes profundidades. Assim, o uso dessa tecnologia funciona da seguinte forma: um circuito envia sinais a um sensor (FDR ou TDR) instalado no solo. Os três principais componentes do solo (ar, água e minerais) induzem o sinal a se comportar de maneiras diferentes em função das constantes dielétricas de cada um deles.
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O sistema Raks de manejo de irrigação
Agora você já sabe que, quando aliada à tecnologia certa, a irrigação possibilita a redução de riscos para o cultivo de café, além de melhorias de produtividade e utilização racional da água.
É por isso que a Raks oferece um sistema inteligente que permite que você, produtor, saiba com precisão quando e quanto irrigar sua lavoura. Com sensores de desenvolvimento próprio que medem a umidade do solo, nosso sistema integra dados da planta, clima, solo e sistema de irrigação, auxiliando você na tomada de decisão.
As medidas são apresentadas de forma simples, através de gráficos e tabelas, permitindo geração de relatórios e análises detalhadas. E mais: os sensores Raks utilizam a tecnologia TDR e permitem que você verifique de hora em hora a umidade do solo. Além disso, há redução da mão de obra no monitoramento da lavoura de café, quando comparado com o tensiômetro.
Assim, você vai assumir de uma vez por todas o controle do seu sistema de irrigação, produzindo mais com menos recursos, uma vez que é possível observar com precisão os períodos críticos das plantas de café.
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