A irrigação é uma técnica fundamental para o desenvolvimento da agricultura, já que permite melhorar significativamente os resultados do cultivo.
De acordo com a última edição do Atlas Irrigação, lavouras irrigadas chegam a produzir, em média, 3 vezes mais que o sequeiro. Isso contribui de forma importante para a segurança alimentar da população brasileira: só no arroz e na horticultura, mais de 90% da produção utiliza a irrigação.
Assim, aliada ao método e sistema corretos, a irrigação é uma forma de assegurar a sobrevivência de lavouras em inúmeras regiões do Brasil.
Entretanto, apenas irrigar não basta: o fornecimento de água para plantações precisa ocorrer em quantidade suficiente e no momento certo.
Segundo um estudo da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), no Brasil, a falta de precisão sobre quando e quanto irrigar faz com que os produtores irriguem com cerca de 40% de excesso.
Dessa forma, o excesso de irrigação acaba se tornando um dos principais problemas para os profissionais do campo, resultando em prejuízos significativos na produção.
É por isso que, nesse artigo, iremos abordar as principais causas da irrigação em excesso, seus efeitos na lavoura e como o produtor pode agir para prevenir que isso aconteça.
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Por que o excesso de irrigação acontece?
Desde crianças, aprendemos que a água é fundamental para o crescimento das plantas, atuando em todos os seus processos fisiológicos e bioquímicos.
Entretanto, também aprendemos que, tudo o que é feito em grande quantidade, nem sempre será benéfico. Na irrigação, essa lógica se aplica de forma inquestionável.
Ameaçados por longos períodos de seca que comprometem a produção, o fornecimento de água costuma ser uma preocupação constante dos agricultores.
Somado a isso, a falta de um bom manejo de irrigação faz com que o produtor não saiba qual é a real necessidade hídrica da planta.
Nesse sentido, é comum que muitos profissionais optem por “irrigar para mais”, acreditando estarem, dessa forma, garantindo a sobrevivência da lavoura.
Esse excesso de irrigação pode se dar de duas formas: na frequência ou no volume.
Excesso na frequência
Quando a planta é submetida ao fornecimento de água por várias vezes seguidas, sem tempo hábil para que o solo seque minimamente.
Excesso no volume
Quando a planta recebe uma quantidade exagerada de água através da lâmina de irrigação, excedendo a capacidade de armazenamento hídrico do solo.
Em ambas as formas, o excesso de irrigação pode acarretar inúmeros prejuízos para a plantação, constituindo-se em um risco para a produtividade.
As consequências do excesso de irrigação
Na irrigação, a absorção da água ocorre através do sistema radicular das plantas, sendo que os nutrientes também são absorvidos ao mesmo tempo.
Dessa forma, raízes saudáveis precisam de ar (aeração) para se desenvolverem corretamente. Quando ocorre o excesso de água no solo, o ar é impedido de penetrar no sistema radicular, o que prejudica severamente a planta.
Vejamos, abaixo, algumas das principais consequências do excesso de irrigação:
Lixiviação de nutrientes
O excesso de água na irrigação pode “lavar” o solo, favorecendo a perda de nutrientes por parte da planta.
Maior propensão a doenças
Ao receber uma quantidade exagerada de água, a resistência da planta diminui, favorecendo o aparecimento de doenças, principalmente aquelas causadas por fungos.
Redução da qualidade do produto
Com o prejuízo da parte nutricional e uma maior propensão a doenças, o desenvolvimento da planta fica comprometido, afetando a qualidade final do produto.
Aumento nos custos de produção
Irrigar em excesso pode gerar gastos desnecessários com água, energia elétrica e outros insumos.
Redução da produtividade
Com o comprometimento do desenvolvimento da planta de forma geral, a produtividade da lavoura pode sofrer quebra.
Como prevenir o excesso de irrigação
A tecnologia no campo vem como uma importante aliada do produtor. E não apenas para garantir maiores produções, mas também para otimizar rendimentos, além de fornecer maior segurança nas operações.
De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), 67% dos produtores agrícolas já utilizam algum tipo de tecnologia hoje.
Sem dúvida, a agricultura irrigada não fica de fora desse processo: a transformação tecnológica na área possibilita, constantemente, o desenvolvimento de ferramentas que auxiliam o produtor na tomada de decisão sobre o momento e a quantidade certa de irrigação.
Assim, é possível evitar a irrigação em excesso, garantindo a qualidade da safra.
Como saber quando e quanto irrigar?
No manejo de irrigação das inúmeras culturas existentes, o nível de água no solo é um dos principais parâmetros para saber quando e quanto irrigar.
Esse nível pode ser mensurado através de métodos diretos ou indiretos que variam em função de preço, tempo de leitura e precisão das mensurações. Veja abaixo as diferentes tecnologias existentes capazes de monitorar a umidade do solo:
Tensiômetro
O tensiômetro é uma ferramenta usada para medir a tensão com que a água é retida pelas partículas do solo, também conhecido como potencial matricial. Quanto mais seco estiver o solo, maior a dificuldade a planta tem de absorver água, ou seja, maior será a tensão indicada pelo manômetro e vice-versa.
Sonda de nêutrons
Funciona em solos mais secos, onde os tensiômetros não podem ser utilizados. Embora seja muito prática por medir a umidade sem deformar a amostra do solo, a sonda de nêutrons tem sido pouco utilizada. Isso porque a sua fonte radioativa pode ser prejudicial à saúde.
Sensores FDR e TDR
Os sensores de reflectometria são os métodos mais apropriados para quem busca praticidade e precisão na tomada de decisão sobre quando e quanto irrigar. São tecnologias que fornecem leituras precisas, rápidas e em diferentes profundidades, em um processo automatizado com medições em tempo real.
O sistema Raks de monitoramento da umidade do solo
Agora você já sabe como o fornecimento de água de maneira controlada e no tempo certo pode ser decisivo para a produtividade da sua lavoura.
É por isso que a Raks oferece um sistema inteligente que permite que você, produtor, saiba com precisão when and how irrigar.
Com sensores de desenvolvimento próprio que medem a umidade do solo, nosso sistema integra dados da planta, clima, solo e sistema de irrigação, auxiliando você na tomada de decisão.
As medidas são apresentadas de forma simples através do computador, com gráficos e tabelas, permitindo geração de relatórios e análises detalhadas.
E mais: os sensores Raks utilizam a tecnologia TDR e permitem que você verifique em tempo real a umidade do solo. Essa possibilidade de monitoramento fornece segurança na hora de irrigar, fazendo com que a água seja bem aproveitada pelas plantas.
Com o desenvolvimento nacional da tecnologia, nós aliamos duas coisas fundamentais para você: grande precisão e baixo custo.
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