A água é um recurso natural essencial para a vida de todas as espécies na Terra. Entretanto, apesar de 70% do nosso planeta ser coberto por ela, somente 3% dessa água é doce – ou seja, própria para o consumo humano.
O Brasil, por exemplo, é um dos países que mais concentra água doce no mundo – representando cerca de 12% do total mundial.
Entretanto, apesar da abundância de recursos hídricos, eles se encontram mal distribuídos por aqui: a Região Norte, por exemplo, que possui o maior volume de água doce do país, é a região com menor densidade demográfica.
Somado a isso, nosso país enfrenta um problema que agrava ainda mais essa situação e se reflete na vida de todos os brasileiros: a pior crise hídrica registrada nos últimos 91 anos, com escassez de chuvas, reservatórios a níveis baixos e maior demanda por energia.
Mas, ao que se deve a crise hídrica no Brasil? Quais são os seus impactos na sociedade e, principalmente, na agricultura?
Nesse artigo, iremos abordar tudo sobre os efeitos de uma das maiores crises de água da história brasileira, e como os profissionais do campo podem minimizar os impactos na produção de alimentos.
Você vai ler sobre:
Crise hídrica: por que ela acontece?
Ao longo dos anos, o Brasil vem sofrendo cada vez mais com a escassez de água em seus reservatórios. E ela se deve, principalmente, às alterações nos regimes de chuva no país.
Assim, os 3 fatores que mais contribuem para a falta de chuvas no Brasil são o aquecimento global, o desmatamento da Amazônia e alguns fenômenos da natureza.
Saiba mais sobre cada um deles abaixo:
Aquecimento global
O aumento global da temperatura interfere fortemente no volume de chuvas, reduzindo-o drasticamente no nordeste e na região central do país.
Hoje, o aquecimento global acontece, principalmente, por conta de emissões da queima de combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural).
De acordo com o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU, um aquecimento global de pelo menos 1,5ºC deve ocorrer nas próximas duas décadas.
Segundo cientistas do Imperial College London, esse aumento causará grandes mudanças no ciclo da água do planeta. As regiões úmidas tendem a ficarem muito mais chuvosas; e as regiões que já são áridas, vulneráveis a secas maiores.
Desmatamento da Amazônia
A baixa histórica dos reservatórios de água no Brasil está diretamente ligada ao intenso desmatamento da floresta amazônica.
Isso porque a floresta tropical é responsável pelo regime de chuvas que afeta, principalmente, as regiões centro e sudeste do país.
Segundo pesquisadores da USP, as grandes árvores da Amazônia têm o poder de captar a água do subsolo profundo. Com a transpiração, essa água vai para a atmosfera sob a forma de umidade e é transportada pelo vento em direção ao sul do Brasil.
Fenômenos da natureza
Fenômenos naturais como o El Niño e o La Niña interferem diretamente no regime de chuvas em todo o mundo.
De acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) dos Estados Unidos, as chances de ocorrência do La Niña entre o final de 2021 e o início de 2022 é de 87%.
No Brasil, isso não significa um bom cenário e deve agravar ainda mais a crise hídrica, já que o resultado dessa mudança são períodos mais secos no sul do Brasil e chuvas intensas no Nordeste.
Os impactos da crise hídrica
A crise hídrica no Brasil afeta praticamente todos os setores da economia, gerando um efeito cascata que se reflete no bolso e na qualidade de vida do cidadão. Confira abaixo os impactos mais severos da falta de água no país:
Energia elétrica
O Brasil possui uma forte dependência das usinas hidrelétricas para a geração de energia. Elas são uma das principais fontes que compõem a matriz energética nacional, sendo responsáveis por 67% da energia produzida.
Apesar de gerar energia limpa, barata e de fonte renovável, a hidreletricidade depende da força das águas para produzir.
Com a chegada da estiagem na maior parte do país, os reservatórios de água das principais hidrelétricas sofrem esvaziamento, o que faz com que a produção de energia fique mais difícil e cara.
Assim, é preciso recorrer a outras fontes de energia, como a termelétrica, resultando em preços mais altos nas contas de luz.
Inflação
A crise hídrica torna-se ainda mais preocupante sob a ótica do aumento de preços no país. O custo alto da energia elétrica, além de afetar o bolso do consumidor, aumenta os custos de todos os setores da economia.
E tudo isso se reflete nas prateleiras do supermercado. A falta de chuvas vem com o aumento de custos na agricultura, indústria e no setor de serviços. De acordo com o Banco Central, se continuarmos no ritmo que estamos, a inflação deve fechar o ano de 2021 entre 7,5% e 8%
Saneamento básico
O cenário da crise hídrica chama a atenção, também, para a contaminação dos reservatórios de água.
Isso porque, com os baixos volumes de água, os rios não possuem vazão suficiente para diluir as substâncias orgânicas. Assim, acontece uma piora significativa na qualidade dos mananciais que recebem esgoto sem o tratamento adequado.
A crise hídrica e o setor agrícola
O setor agrícola é, com certeza, um dos mais afetados pela crise hídrica.
A diminuição das chuvas normalmente está associada a alta temperatura do ar, fazendo com que as plantas sofram com o déficit hídrico e o calor, prejudicando o desenvolvimento e a produtividade das lavouras.
Nesse cenário de escassez de chuva e alto custo da energia elétrica, aumentam os desafios para os irrigantes, pois é necessário avaliar se o custo da irrigação compensará a redução de produtividade ocasionada pelos fatores climáticos.
Segundo dados da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o custo da irrigação já aumentou cerca de 30% em vários estados esse ano.
Dentre os principais impactos da crise hídrica para o produtor agrícola, destacam-se:
- Aumento dos custos;
- Queda na produtividade;
- Queda no faturamento;
- Queda na qualidade do produto.
Assim, com a redução na oferta de matérias primas e/ou alimentos, os impactos são refletidos para a indústria e repassados ao consumidor, que irá pagar mais caro pelo alimento no supermercado.
Como evitar os efeitos da crise hídrica na sua lavoura
A água é um dos recursos fundamentais para a produção e o cultivo de alimentos. Em cenário de escassez, duas das principais ferramentas do campo ficam comprometidas: a energia elétrica e a irrigação.
Dessa forma, o agronegócio precisará lidar da melhor forma com os efeitos da seca, que resultarão na alta dos custos de energia e na queda da produção.
Assim, é preciso encontrar alternativas que ajudem a diminuir riscos e custos. Veja abaixo as dicas que separamos:
Cuidados com a lavoura
A utilização de práticas conservacionistas é fundamental para conseguir superar as adversidades climáticas. Correção e manutenção da fertilidade do solo, aliado à rotação de culturas podem favorecer a utilização da água e nutrientes pelas plantas. Além disso, é fundamental manter o solo sempre coberto, seja com uma cultura viva ou morta, favorecendo a manutenção da umidade do solo e evitando a perda de solo por erosão.
Reaproveitamento de água
O reaproveitamento da água pode ser uma boa alternativa para as atividades agrícolas, assim como a instalação de cisternas que captam a água da chuva. Para adotar o reaproveitamento de água, entretanto, é importante estar atento à qualidade, à forma de captação e à cultura.
Irrigação eficiente
Diante da escassez de água, irrigar de maneira eficiente é essencial para o controle de custos e para evitar, ao máximo, a perda do recurso. Assim, a tecnologia tem um papel fundamental para o desenvolvimento de alternativas que ajudem a economizar água e gerar melhores resultados.
Saiba QUANDO e QUANTO irrigar sua lavoura com a Raks
Um bom manejo de irrigação é fundamental não só para o bom desenvolvimento da planta, mas para reduzir ao máximo os custos com água e energia elétrica, principalmente em tempos de crise.
É por isso que a Raks oferece um sistema inteligente para manejo de irrigação que permite que você, produtor, saiba com precisão quando e quanto irrigar sua lavoura.
Com sensores de desenvolvimento próprio que medem a umidade do solo, nosso sistema integra dados da planta, clima, solo e sistema de irrigação, auxiliando você na tomada de decisão.
As medidas são apresentadas de forma simples para fácil entendimento, através de gráficos e tabelas, permitindo geração de relatórios e análises detalhadas.
Os sensores Raks são os únicos que utilizam a tecnologia TDR no Brasil e permitem que você, produtor, verifique em tempo real a umidade do solo. Essa possibilidade de monitoramento fornece segurança na hora de irrigar, fazendo com que a água seja bem aproveitada pelas plantas.
Com o desenvolvimento nacional da tecnologia, nós aliamos duas coisas fundamentais para você: grande precisão e baixo custo.
Não deixe a crise hídrica afetar sua produtividade. Faça um orçamento sem compromisso agora! Clique aqui e fale com um de nossos especialistas.